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Missões

"Contudo, recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra!”  Atos 1.8

 

Nossos parceiros em Maputo - Moçambique, Pastor Clarismundo, sua esposa Deise e seu filho Natã, estão fazendo a obra levando a palavra do Senhor para nossos irmãos na África. 

Queridos irmãos,

 

     “Não sou corajosa, sou obediente”, ouvi essas palavras da missionária Maria Pires (in memoriam) ao término de um relato sobre ter vivido 19 anos em um país em guerra – Angola –, terceiro país para o qual a Missão Antioquia enviou missionários. Maria Pires, a primeira missionária da Missão Antioquia, tinha um chamado específico para Angola, mas, em 1978, foi enviada primeiramente para Portugal, onde trabalhou com refugiados africanos por seis anos, até que as portas para a África se abrissem.

     Em 1984, Maria Pires chegou a Angola, onde permaneceu 19 anos, enfrentando situações adversas em meio à guerra civil que assolou o país por muitos anos, mas amparada pelo Senhor durante todo o tempo. Trabalhou com a Igreja Batista em Huambo, no sul do país. A cena era a de um forte bem armado, com carros e caminhões transportando soldados que pareciam buscar um inimigo invisível.

    Devido à situação de guerra, Maria Pires foi para Sumbe, cidade mais ao sul, onde apoiou outra Igreja Batista. Apesar do contexto desafiador, a evangelista por excelência teve muito êxito em seu trabalho – vidas foram salvas, igrejas foram plantadas e líderes foram formados. Ainda lá, teve a alegria de ver assinado o tão almejado tratado de paz que tentava pôr fim à guerra.

   O trabalho de Maria Pires em Angola inspirou as missionárias Janice e Vera Lúcia, que chegaram ao país em 1996. Juntaram-se a Maria Pires no sul, onde Vera colaborou com a Igreja Presbiteriana Renovada e Janice colaborou com a Assembleia de Deus.

    Janice se desenvolveu na área de ensino e formação de obreiros. Casou-se com Zeferino, obreiro nacional. Em 2001, eles seguiram para Luanda, capital do país, onde apoiaram a Igreja Assembleia de Deus do Maculuso, comunidade ativa na evangelização e no envio de missionários nacionais para regiões menos alcançadas no próprio país, de países vizinhos e, depois, de países mais distantes, como Portugal e Inglaterra.

     Zeferino cumpriu seu papel na plantação de igrejas, na formação obreiros nacionais, muitas vezes no interior, onde ministrava cursos para líderes, e na ministração de ofícios eclesiásticos, tendo, inclusive, a oportunidade de batizar muitas pessoas.

     Janice apoiou a Aliança Evangélica de Angola, que tem acesso a muitas igrejas do país, oferecendo treinamentos, cursos de desenvolvimento para a população, ações de desenvolvimento comunitário e trabalho com crianças. Devido à sua posição estratégica, apoiou missionários desde a chegada ao país e permanência no mesmo até o fim do ministério.

     O casal permaneceu no país por 18 anos. Eles colheram muitos frutos e deixaram o legado de uma liderança forte, consistente e com condições de dar continuidade a todo trabalho por eles iniciado.

     Em 2002, a missionária Silvania chegou a Angola, onde apoiou a Igreja Assembleia de Deus por cinco anos.

     Esses missionários valorosos enfrentaram o contexto de guerra, que trazia incerteza, insegurança, falta de perspectiva de futuro e dificuldades para avanço do Evangelho. Além disso, arcaram com o custo pessoal resultante da vida precária de carência do suprimento de necessidades básicas, perigos constantes e muitas perdas. Por fim, tiveram a alegria de ver a paz chegar ao país!

    Ainda que com poucos missionários, o trabalho da Missão Antioquia em Angola exerceu um impacto cujo resultado durará para a eternidade. Missionários humanos e sensíveis pagaram um alto preço. Eles não serviam em Angola simplesmente por amor ao país ou às pessoas ou por serem corajosos, mas, acima de tudo, por obediência ao Ide e ao amor a Jesus. Perseveraram porque tinham uma retaguarda de igreja enviadora e irmãos e irmãos em Cristo que os apoiaram fielmente por meio de oração e sustento financeiro.

   Que nos sintamos encorajados a, com generosidade, continuar a apoiar a obra missionária – missionários no campo e nós, missionários da base.

   Juntos no avanço do Evangelho,

 

Márcia Tostes

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